O cenário político brasileiro é um território de inúmeras oportunidades para quem pretende ser candidato a cargo eletivo, mas também de desafios complexos. Neste momento em que o Brasil se prepara para mais uma rodada de eleições municipais, os aspirantes a cargos públicos, seja na função de vereador ou prefeito, enfrentam a tarefa árdua de traçar estratégias sólidas para suas campanhas eleitorais na tentativa de levá-los à vitória nas urnas. Nesse contexto, a Análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) emerge como um recurso imprescindível para avaliar a viabilidade de uma candidatura e também definir os caminhos para uma pré-campanha bem-sucedida.
Os candidatos precisam estar preparados para enfrentar obstáculos e aproveitar as oportunidades que se apresentam, nesse cenário, a Análise SWOT é a bússola que oferece uma visão completa tanto da candidatura quanto do cenário político e eleitoral.
A primeira etapa da Análise SWOT envolve a identificação das Forças do candidato. Essas forças podem variar desde sua experiência anterior em algum cargo eletivo ou público, (se aplicável), até o conhecimento profundo do seu reduto eleitoral. As redes de contatos e o apoio de figuras influentes sejam elas lideranças políticas estaduais, federais ou mesmo influenciadores locais, também se encaixam nesse cenário e saber identificar essas forças é, sem dúvida, o primeiro passo para uma campanha bem sucedida.
Por outro lado, e não menos importante, estão as “fraquezas” do candidato que não podem ser negligenciadas em hipótese alguma. Com uma boa análise SWOT será possível identificar esses pontos fracos que por vezes podem ser: falta de experiência política, recursos financeiros limitados ou até mesmo problemas passados que possam emergir para “assombrar” sua campanha. Identificar esses pontos é fundamental para desenvolver estratégias que as minimizem ou as convertam em pontos fortes.
Outro ponto é o candidato identificar quais são as significativas Oportunidades em seu entorno que podem ser questões pertinentes em sua região que poderão ser debatidas pelo candidato, grupos de eleitores insatisfeitos com a atual gestão ou com o grupo político da sua oposição e até mesmo possibilidades de parcerias com organizações e instituições locais que podem na maioria das vezes serem a chave para uma campanha de sucesso.
Ainda que sabemos o quanto as ameaças no cenário político e eleitoral são partes inerentes da política, precisamos estar atentos a tudo aquilo que pode ser ou se tornar uma ameaça para a campanha. Concorrentes com determinada força política no seu reduto eleitoral, escândalos que já tenha enfrentado estejam eles resolvidos ou não, bem como as preferências dos eleitores além dos obstáculos ou impedimentos legais são desafios que todo candidato precisa considerar e enfrentar.
Observe, a seguir, as abordagens de dois candidatos em situações distintas para entender como a análise SWOT pode ser aplicada de forma prática para ajudar o candidato a moldar estratégias de campanha.
Neste exemplo, o Candidato A traz consigo uma valiosa experiência política anterior, uma vez que já possui um know-how de presidente de bairro ou líder de determinada igreja ou associação. No entanto, enfrenta a limitação de ser pouco conhecido fora desse reduto. Veja na imagem a seguir a análise SWOT exemplo do Candidato A:

Em suas estratégias o Candidato A está centrando seus esforços em mobilizar apoiadores e envolver ativamente a comunidade, aproveitando sua rede de contatos focando nas comunidades e para superar a falta de experiência em cargos públicos, ele está buscando mentoria e se educando sobre questões que envolvem políticas públicas.
Por sua vez, sua campanha está priorizando questões locais, como segurança, com propostas específicas para mostrar sua capacidade de liderar o assunto, além de manter uma postura ética e transparente para evitar críticas relacionadas a escândalos políticos sempre numa constante adaptação modificando suas estratégias conforme necessário.
Já o Candidato B é um novato na política, mas traz consigo a energia da juventude e um enfoque direcionado para questões que atraem os eleitores mais jovens. Confira a análise do Candidato B na imagem a seguir:

Em suas estratégias, O Candidato B aproveita sua presença nas redes sociais e energia para mobilizar eleitores jovens e criar uma mobilização massiva da juventude. Além disso, ele está atuando fortemente na construção de alianças com grupos de jovens, organizações estudantis e movimentos sociais, capitalizando o crescente interesse da juventude na política.
O Candidato B foca ainda em mensagens que enfatizam sua juventude, inovação e seu papel como um importante agente de mudança. Com uma comunicação bastante eficaz o Candidato B reconhece sua inexperiência e se compromete a aprender na prática e ser transparente com os eleitores. Com isso mobiliza apoiadores, voluntários e influenciadores locais para apoiar sua campanha.
Ambos os exemplos de candidatos ilustram como a análise SWOT pode ser uma ferramenta aliada na construção de estratégias para alcançar cada vez mais sucessos nas ações de campanha. Independentemente das características individuais, a execução eficaz das estratégias ao longo do processo e o envolvimento ativo com a região são fundamentais para conquistar a confiança dos eleitores e alcançar os objetivos.
A política local é dinâmica e desafiadora, mas uma análise SWOT bem aplicada pode ser um guia confiável para os candidatos em sua jornada rumo à vitória nas urnas. E para auxiliar o candidato em todo o processo da análise, o marqueteiro e consultor político Elan Costa criou um e-book específico sobre o tema para te ajudar de maneira prática e objetiva.
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Fonte/Créditos: Elan Costa Marketink Político e Estratégia